Estudou piano e composição na Escola Estatal Superior de Música de Katowice, na turma de Bolesław Woytowicz. Em 1955, recebeu o diploma de formação com a maior distinção. Nos anos 1955-58, foi estudante de pós-graduação na Escola Estatal Superior de Música de Cracóvia sob a orientação de Woytowicz . Em 1957, participou dos Cursos de Verão Internacionais de Nova Música em Darmstadt. Completou a sua educação musical sendo bolsista do governo francês em Paris nos anos 1959-60; frequentou as aulas de composição de Nadia Boulanger.
Em 1977, foi um dos membros fundadores da Sociedade Karol Szymanowski em Zakopane. Por muitos anos, foi presidente da sucursal de Katowice da Associação de Compositores Poloneses e, nos anos 1979-81, vice-presidente da diretoria geral da Associação. Integrou também a Comissão de Repertório do Festival Internacional de Música Contemporânea "Warszawska Jesień" ("Outono Varsoviense").
Sua atuação artística trouxe-lhe vários prêmios, entre eles: Prêmio da Fundação Lili Boulanger de Boston (1960), Prêmio do Ministério da Cultura e Arte (1967, 1975, 2003), Prêmio da Associação de Compositores Poloneses (1975), Prêmio da Voivodia de Katowice (1971, 1976, 1980), Prêmio da cidade de Katowice (1975, 1992), Prêmio Estatal de Mérito do 1º Grau (1980), Prêmio da Fundação Alfred Jurzykowski de Nova Iorque (1984), Prêmio Artístico do Comitê da Cultura Independente NSZZ "Solidarność" ("Solidariedade") (1989), Prêmio Wojciech Korfanty (1995), Prêmio do Arcebisbo Metropolitano de Katowice "Lux ex Silesia" (1995), Sonderpreis des Kulturpreis Schlesien des Landes Niedersachsen (1996), Prêmio Cetro de Ouro da Fundação da Cultura Polonesa (2000), Grande Prêmio da Fundação de Cultura (2001), Louro Diamantino (2003), Prêmio do Ministro de Cultura e Arte na área de música (2003), Prêmio Silesiano Juliusz Ligoń (2003), Prêmio Hipólito de Ouro (2004), Prêmio TV Polonia "pela glorificação da Polônia e da polonidade" (2004), Prêmio do Emblema Promocional "Óscar Silesiano" (2005), Prêmio "Animus Silesiae" da Companhia de Canto e Dança Śląsk (Silesia) concedido às personagens ilustres e de autoridade (2006) e Prêmio Feniks concedido pela Associação dos Cavaleiros da Ordem de Malta aos artistas que contemplam, nas suas obras, a tradição cristã (2008). A partir do ano de 1998, se torna cidadão de honra da cidade de Rzeszów, e a partir do ano de 2006 – da cidade de Katowice e de Wodzisław Śląski.
Kilar também recebeu vários prêmios pela composição das trilhas sonoras de filmes. Foi premiado em 1975 no Festival de Filmes Poloneses de Gdańsk pela trilha sonora do filme "Ziemia obiecna" ("Terra Prometida") (dir. Andrzej Wajda); em 1980 recebeu o Prix Louis Delluc pela trilha sonora do filme de animação "Le roi et l'oiseau" (dir. Paul Grimault); em 1981, no Festival Internacional de Cinema em Cork na Irlanda, ganhou prêmio pela trilha sonora do filme "Da un paese lontano: Papa Giovanni Paolo II" (dir. Krzystof Zanussi); em 1992, em Los Angeles, Prêmio da Associação de Compositores, Autores e Produtores Americanos "ASCAP Award 1992" pela trilha sonora do filme "Bram Stoker's Dracula" (dir. Francis Ford Coppola); em 1992, em São Francisco, Prêmio Best Score Composer for Horror Film; em 2001, no III TP S.A. Music & Film Festival, Prêmio Philip Award pela totalidade de sua obra; em 2006, Prêmio Águia da Academia Polonesa de Filmes pela trilha sonora do filme "Persona non grata" (dir. Krzysztof Zanussi), entre outros. Em 1991, foi lhe concedido o Prêmio do Comitê de Cinematografia.
Wojciech Kilar foi condecorado com a Cruz de Cavaleiro da Ordem da Polônia Restituta (1976) e também com a Cruz de Comandante com a Estrela da Ordem da Polônia Restituta (2002).
Em 1991, Krzysztof Zanussi dedicou-lhe o filme intitulado "Wojciech Kilar". Em 1998, recebeu o título honoris causa pela Universidade de Opole.
Desde o ano de 1974, quando compôs o poema sinfônico "Krzesany" - hoje a sua obra mais famosa - Wojciech Kilar, foi considerado um dos representantes mais proeminentes da vanguarda musical polonesa. Integra a sua obra "RIFF 62" (1962), uma composição ultramoderna na sua sonoridade e forma, que se tornou um símbolo da oposição à tradição, um manifesto do futuro. Kilar criou-a num momento oportuno e "RIFF 62" teve um êxito espetacular no Festival Warszawska Jesień: a Orquestra Sinfônica da Filarmônica Silesiana, sob a batuta do maestro Karol Stryja fez um bis, o que acontece raramente no caso da música nova! Duas composições seguintes de Kilar, "Generique" (1963) e "Diphtongos" (1964), tiveram uma recepção semelhante. Em seguida, o compositor ficou fascinado por outra vanguarda – a “minimal music”, o que trouxe frutos na forma de duas composições: "Upstairs-Downstairs" (1971) e "Przygrywka i kolęda" ("Prelúdio e cântico natalino") (1972).
O compositor, como ele próprio afirmou, tinha a impressão de ter descoberto a pedra filosofal, "de não haver nada mais belo que um som ou uma harmonia que dura até ao infinito e de que isso é justamente a sabedoria mais profunda, e não aqueles nossos truques com allegro de sonata, fuga ou harmonia".
É por isso que na composição "Upstairs-Downstairs" , com duração de doze minutos, dois sons soam ininterruptamente do início até ao fim!
Da perspectiva atual, podemos considerar "Krzesany" como uma consequência lógica daquele período minimalista na obra de Kilar, já que esta composição é uma espécie de "minimal music", mas de maneira oposta. Um quarto de século atrás, "Krzesany" causou, porém, um verdadeiro choque. Por entre os melômanos comuns a obra fez um sucesso enorme, mas os profissionais viram nela algo de falso. De qualquer maneira, a composição fez uma carreira estrondosa e continua sendo tocada e ouvida com muita vontade.
Kilar não permitiu que o público e os críticos esperassem demasiado e, logo dois anos após o lançamento de "Krzesany", criou outra composição com referência às montanhas - "Kościelec 1909 " (1976), dedicada a Mieczysław Karłowicz, compositor exímio que faleceu com a idade de 33 anos, arrastado por uma avalanche na encosta do monte Kościelec em 1909. A esta seguiram-se duas outras: "Siwa mgła" ("Névoa cinza") para barítono e orquestra (1979) e "Orawa" para orquestra de câmara (1986).
Kilar permaneceu fiel à estilística adotada nessas composições praticamente até ao fim. Desistindo quase que por completo dos meios técnicos de vanguarda, continuava a operar uma linguagem musical simplificada, preferia aplicar grandes massas sonoras, expunha a melodia e tinha tendência a provocar emoções fortes. A isto se referem tanto as composições que aludem à musica popular, em particular ao folclore da região Podhale, como as com temática nacional e religiosa que refletem a fé e o patriotismo profundos do compositor.
Kilar aproveitava os mesmos meios técnicos ao criar trilhas sonoras de filmes. Foi nesta área que ele alcançou uma fama mundial, em especial no que toca à colaboração com Francis Ford Coppola na criação da trilha sonora do filme "Dracula" (1992). A qualidade artística da primeira classe pode ser apreciada, antes de tudo, no caso das trilhas sonoras compostas por Kilar nos filmes de Krzysztof Zanussi.