Entre as influências mais importantes na formação do fotógrafo curitibano encontram-se o fotógrafo alemão, August Sander, conhecido principalmente como autor de retratos, e os familiares mais próximos do artista, especialmente o tio – um fotógrafo amador – teve um laboratório de fotografia no porão.
"Um tio meu, o irmão da minha mãe, da dona Janina, gostava de fotografia. Ele era um amador que fazia fotos da família, tinha uma daquelas câmaras caixãozinho, que tem dois visores, pra horizontal, pra vertical, que fazia o negativo 6x9 e finalizava numa cópia contato. Uma cópia de contato que tinha aquela coisa bonitinha das bordinhas. Ele tinha aquela guilhotina que fazia o picote, e tinha um laboratório bem improvisado, com uma lâmpada vermelha que é uma coisa encantadora. E era um porão, ali debaixo da cozinha da minha mãe. E eu, nessa curiosidade de moleque, volta e meia entrava lá e mexia nas coisas e ele ficava louco da vida. Mas era uma coisa de curiosidade".
– entrevista a João Urban realizada em 2005 por Elza Oliveira Filha e Humberto Michaltchuk.
Quando o tio comprou uma câmera nova, mais moderna, deixou para seu sobrinho o modelo anterior, Brown Jr. Hoje, Urban é incapaz de se lembrar se ele realmente fotografou ou apenas fingia fotografar.
Urban dedicou-se a ensaios sobre temas de natureza social, entre os quais se destacam os registros fotográficos da difícil rotina dos boias-frias, dos últimos tropeiros e dos imigrantes poloneses. O tema de boias-frias foi central numa série de fotografias que documentava o dia a dia dos trabalhadores agrícolas que se deslocam diariamente para propriedade rural, geralmente para executar tarefas sob empreitada. Esta série é uma das mais reconhecidas do trabalho de Urban. Outro ciclo importante é uma série de fotografias que documentam a vida dos representantes da imigração polonesa no estado do Paraná.